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segunda-feira, 25 de julho de 2011



Pensando naquela vez que discutimos por conta daquele episódio de minha amiga estar aos beijos com outro justamente no dia em que terminou com o namorado, lembro da sua opinião poderando que ela realmente precisava de um tempo e isso me deixou puto. Nas vezes que fiz você levantar ranzinzo às sete das manhãs pra me abrir a porta.No que estou pensando? Naquela interminável semana que a gente se conheceu, e nas perguntas retóricas tipo "o que a gente vai fazer futuramente?" Pensando no dia em que você tivesse que ir embora. Nos dias que não passávamos de amigos. Nas vezes que te deixei falando sozinho. Nos cheiros que você me dava no nariz, nos beijos que dei nos seus olhos. Nas suas sandálias pela casa, nas toalhas molhadas sobre o colchão. Em quando você prendia o lábio inferior com os dentes, tentando não sorrir porque achava que não devia estar sorrindo.Dizem também que quando a gente morre, um filme atravessa seus olhos em poucos segundos e vai ver é por aí. Só estou pensando que a gente está deixando o amor escoar pelo esgoto, e essa conversa é uma espécie de azulejos claros, floridos e bonitos mascarando pra onde vai essa merda toda. Só estou pensando: por que mesmo um casal acaba?
Nada, nada, nada, nada, nada. Não estou pensando nada. Tenha uma vida boa. E não se sinta confortável em sair e entrar como se a casa ainda fosse sua, como se fosse difícil carregar tudo de uma só vez. O mais pesado você já levou.

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