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domingo, 25 de setembro de 2011

A.R.




Pra você guardei o amor, Que nunca soube dar. O amor que tive e vi sem me deixar, Sentir sem conseguir provar, Sem entregar, E repartir. Pra você guardei o amor, Que sempre quis mostrar. O amor que vive em mim vem visitar. Sorrir, vem colorir solar. Vem esquentar. E permitir. Quem acolher o que ele tem e traz. Quem entender o que ele diz. No giz do gesto o jeito pronto. Do piscar dos cílios. Que o convite do silêncio. Exibe em cada olhar. Guardei. Sem ter porque. Nem por razão. Ou coisa outra qualquer. Além de não saber como fazer. Pra ter um jeito meu de me mostrar. Achei. Vendo em você. E explicação. Nenhuma isso requer. Se o coração bater forte e arder. No fogo o gelo vai queimarPra você guardei o amor. Que aprendi vendo meus pais. O amor que tive e recebi. E hoje posso dar livre e feliz. Céu cheiro e ar na cor que arco-íris. Risca ao levitar. Vou nascer de novo. Lápis, edifício, tevere, ponte. Desenhar no seu quadril. Meus lábios beijam signos feito sinos. Trilho a infância, terço o berço. Do seu lar.

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